
Fala Galera
Copa do Mundo em andamento e técnicos rodando os clubes brasileiros. Pelo menos até agora, o troca-troca de treinadores no futebol brasileiro está mais emocionante do que os primeiros jogos da Copa. Três confirmações no fim de semana. Nenhuma era esperada. A mais indiscutível, autêntica bola de segurança, é a volta de Luiz Felipe Scolari ao Palmeiras. Big Phil virou um cidadão do mundo, Respeitado, competente e exigente. Foi penta em 2002, está realizado e adora a vida no Palestra Itália. Ali, foi campeão da Libertadores (99), da Mercosul (98) e da Copa do Brasil (98). Virou ídolo. É um nome de consenso. E, sinceramente, não sofrerá no mundo verde toda resistência que Muricy Ramalho enfrentou por lá. O Palmeiras esperou muito. Mas fez a aposta certa. Agora, apenas uma ressalva: é preciso dar tempo ao técnico. Fora do Brasil há 10 anos, ele precisa de um intervalo para um reposicionamento, entender o espaço, reencontrar a pressão nossa de cada dia… Readaptação. Qualquer um passa por tal coisa. Felipão também tem esse direito.
Paulo Cesar Gusmão não resistiu. Depois de recusar proposta do Atlético Paranaense e planejar uma temporada completa à frente do Ceará, pesou a volta ao Vasco, clube o qual tem total identificação. Claro que a apaixonada torcida do Vozão não gostou. É compreensível. Em segundo lugar no Brasileirão, o restante da competição teria tudo para ter um vôo cruzeiro com PC no comando. Agora, fica a dúvida de quem assumirá e se dará certo. O inconformismo é absolutamente justificável. Até porque Paulo Cesar Gusmão tinha contrato até o fim do ano,
Para o Vasco foi muito bom. Após a saída intempestiva de Celso Roth, não havia outro nome capaz de remotivar os jogadores na volta do Brasileirão. PC chegará bem informado, sabe trabalhar com elencos em baixa, conhece muito bem a realidade financeira do Vasco e entende como poucos o caminho para fugir do tiroteiro político no dividido São Januário. PC pode não ser um nome de consenso total, mas saberá se defender (e blindar a boleirada) melhor do que muitos professores com mais pose. O Vasco viveu um sábado de susto, mas parece ter reencontrado a paz no domingo passado.
E o Internacional, sem muitas opções, e diante da resistência de boa parte do Beira-Rio ao nome de Adílson Baptista, foi buscar Celso Roth, que também conhece o clube e a vida colorada.
Não acho que seja uma má escolha, até mesmo diante do cenário de opções. Apesar do bom trabalho e da competência já demonstrada em vários clubes, Roth sempre foi visto com ressalvas e até preconceito. E agora terá ainda mais dificuldades. Ele tem todo direito de sair do Vasco (e de onde bem entender), a proposta financeira de fato era melhor, mas permanecer apenas 20 dias (ou cinco jogos) é algo causa espanto e traz insegurança a qualquer um.
Boa sorte para Felipão, PC Gusmão e Celso Roth.
Saudações,
Michel Macedo
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