Chile joga bonito, vence Honduras e quebra tabu de 48 anos. Com ferrolho, Suíça bate Espanha e é a primeira zebra da Copa
Honduras 0 x 1 Chile
Mostrando um futebol envolvente, o Chile bateu Honduras por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Nelspruit, no jogo que abriu o Grupo H do Mundial. Na partida disputada no Mbombela Stadium, os chilenos poderiam tranquilamente ter arrancado um placar mais elástico, mas ainda assim triunfaram e, de quebra, viram um tabu incômodo ser encerrado.
A última vitória do Chile em Mundiais havia sido na Copa de 1962, realizada no próprio país, em disputa de terceiro lugar contra a Iugoslávia. Se não contarmos o triunfo doméstico, os chilenos não venciam na competição desde um duelo contra os Estados Unidos, na Copa de 50, disputada no Brasil.
Os chilenos não tiveram ainda Humberto Suazo, centroavante que se recupera de lesão muscular, e optaram por utilizar o ex-palmeirense Valdívia desde o início em seu lugar. David Suazo, destaque hondurenho, também não jogou por questões físicas.
O gol saiu uma triangulação de passes, Matías Fernández lançou Isla que, da linha de fundo, colocou Beausejour em condições de marcar da pequena área. No lance, o atacante chileno ainda dividiu com o zagueiro de Honduras e acabou marcando o gol com a barriga.
Personagem do jogo: Alexis Sánchez do Chile, o melhor em campo
O goleiro de Honduras fez a defesa mais bonita da Copa da até aqui. Confere só:
Espanha 0 x 1 Suíça
O último jogo da rodada inicial de Copa do Mundo trouxe também a primeira zebra da competição. Badalada, a Espanha foi batida por uma retrancada Suíça, que venceu por 1 a 0 graças a um gol de Gelson Fernandes e se igualou ao Chile na liderança do Grupo H. A partida foi disputada no Durban Stadium na cidade sul-africana de Durban.
O resultado quebrou uma sequência invicta de 12 jogos que a Espanha carregava desde a derrota para os Estados Unidos, há um ano, nas semifinais da Copa das Confederações. Naquele dia, os espanhóis carregavam outra série sem perder ainda mais impressionante: 35 partidas.
Vicente del Bosque escalou a Espanha ainda sem Fabregas e Fernando Torres, ambos sem a condição física ideal. A Suíça manteve seu histórico recente nas grandes competições, com uma retaguarda firme e uma atitude bastante defensiva.
O jogo foi sempre Espanha atacando e Suiça se defendendo e partindo no contra-ataque. A Espanha em determinado momento da partida tiveram 80% de posse de bola (terminaram com 63%). Concluíram 24 vezes, contra 8 dos suíços. Cobraram 12 faltas em gol, bateram 12 escanteios, sofreram o triplo de faltas dos adversários (21 x 8). Mas não souberam fazer gol. No final, o jogo esquentou em dois lances, um para cada lado, em que a trave impediu o gol de sair. Aos 25min, Xabi Alonso bateu de fora da área e acertou um torpedo no travessão. Quatro minutos depois, Derdiyok avançou em velocidade pela direita, cortou Piqué e Puyol e chutou na trave.
Veremos se após essa derrota a Espanha quebra o salto alto da chuteira e pratique um bom futebol. O problema é que com a derrota, a tendência é termos um Brasil x Espanha já nas oitavas...
Personagem do jogo: Derdiyok, que criou sozinho as melhores chances da Suíça no jogo.
Saudações,
Michel Macedo
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