Tudo indica que não será mais Diego Maradona. Nesta segunda-feira, ele se reuniu pela primeira vez com o presidente da AFA, Julio Grondona, desde a eliminação na Copa do Mundo, e ambos saíram do encontro com cara de poucos amigos, segundo a imprensa argentina.
Maradona já revelou que quer continuar no cargo, mas apenas se puder manter sua comissão técnica, principalmente seus auxiliares Alejandro Mancuso e Héctor Enrique. "Se me tiram qualquer um, vou embora. Não há possibilidade de que me tirem Mancuso ou Enrique, nem ninguém", disse Maradona em um programa de televisão do país.
O problema é que, além de Grondona demonstrar disposição para mexer na equipe de Maradona, o próprio treinador, fiel ao seu estilo, parece querer provocar o dirigente, anunciando que também deseja incluir na comissão técnica Oscar Ruggeri, desafeto declarado de Grondona. Assim vai ficando cada vez mais difícil a permanência de Maradona.
A AFA deve anunciar nesta terça-feira o final dessa novela. Que pode dar início à outra. Se Maradona realmente sair, a Argentina - que já não vence uma Copa há 24 anos e não ganha nada com sua seleção principal desde 1993 - terá de se desdobrar para encontrar um treinador para os próximos desafios da equipe: a Copa América, que os argentinos vão sediar em 2011, e a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Num claro sinal de que não há um nome de consenso para dirigir a seleção bicampeã mundial, o site do jornal 'Olé' colocou no ar uma enquete sobre quem deve ser o próximo técnico, caso Maradona realmente deixe o cargo, com nada menos do que 13 opções.
Saudações,
Michel Macedo
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