Aos 45 minutos do segundo tempo, ao “apagar das luzes”, como diriam os locutores da antiga, o Flamengo anunciou duas contratações de peso: Deivid e Diogo, atacantes que chegam do exterior para impedir que o rubro-negro continue a atuar com apenas nove jogadores, como aconteceu sempre que escalou Val Baiano, Borja, Leandro Amaral e fulanos.
Ao menos na teoria, eles parecem capazes de formar uma dupla ofensiva de respeito, sanando a maior deficiência na Gávea, desde que ruiu fragorosamente o “Império do Amor” — que, é bom registrar, apesar (ou, talvez, exatamente, por causa) de toda a badalação dentro e fora de campo, não ganhou bulhufas. Quando o Fla se tornou hexacampeão brasileiro, Love estava no Palmeiras e os companheiros de ataque de Adriano foram Emerson, inicialmente, e Zé Roberto (na reta final).
Reminiscências à parte, ainda que no afogadilho, ainda que um pouco tarde (os principais rivais já estrearam a maioria de seus reforços), o Flamengo se mexeu e refez a equipe. Em termos técnicos, a nova dupla é inferior à do “Império” mas, em termos de profissionalismo, bem mais promissora.
Se Deivid e Diogo jogarem o que se espera deles, o rubro-negro pode não disputar o título (está a 12 pontos do líder) mas, pelo menos, passará a ter condições de lutar por um lugar honroso e, quem sabe, uma vaga na Libertadores do ano que vem.
INCOERÊNCIA. Em tempo: faz sentido o Flamengo vender Williams, na hora em que começa a se reforçar? Ao contrário disso, deveria renovar com Maldonado e com o Toró. Elenco é tudo num campeonato por pontos corridos.
Saudações,
Michel Macedo
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