Fala Galera
Se você é torcedor colorado ou são-paulino e está seguro que a verdadeira decisão da Taça Libertadores acontecerá quinta-feira, no Morumbi, está totalmente equivocado. Seja qual for o finalista brasileiro, terá um adversário complicadíssimo pela frente. Universidad de Chile e Chivas Guadalajara são ótimas equipes. Farão um jogão terça-feira, no Estádio Nacional, em Santiago, e qualquer um deles entrará com a faca entre os dentes para a grande final. Para o meu gosto, o time chileno é melhor. Tem mais entrosamento, mais técnica, mais malandragem e mais treinador. Sem contar o fato que, se o Chivas for à decisão, qualquer um dos brasileiros já estará no Mundial, pois os mexicanos não podem ir para Abu Dhabi, via Conmebol.
Esqueçam essa história de carne assada. A Universidade de Chile, por exemplo, não perdeu nenhum jogo fora de casa. Jogou duas vezes contra o Flamengo no Maracanã: empatou uma e ganhou outra. Empatou com a Católica. Ganhou de Caracas e Alianza. E também ficou na igualdade contra o Chivas, no Azteca. Tem time e tem banco. Perdeu o uruguaio Álvaro Fernandez, cujo empréstimo, voltou ao Nacional de Montevidéu e já foi repassado ao Seattle Sounds.
Mas ainda tem Manuel Iturra, Mauricio Victorino e Juan Manuel Oliveira, uruguaios, Walter Montillo e Matias Rodriguez, argentinos, e uma série de bons jogadores chilenos, comandados por um super-goleiro, um dos melhores da América do Sul, e que atende por Miguel Pinto. Depois da Libertadores, La U deve entrar em liquidação. Victorino está a caminho da Espanha. Montillo já é do Cruzeiro. Olivera pode acabar no México… Mas, por enquanto, tem um timaço, comandado pelo melhor treinador da Libertadores: o também uruguaio Gerardo Pelusso, que, por exemplo, seria um baita investimento para qualquer time brasileiro.
O Chivas inaugurou sexta o seu novo estádio. Após 50 anos, o clube troca o lendário Jalisco pelo moderno Omnilife, El Templo Maior (foto acima), com capacidade para 45 mil torcedores, restaurante, shopping, estacionamento, lojas e toda mordomia para quem lá frequentar. A casa abriu com um amistoso contra o Manchester United, já com Javier Hernandez, o Chacarito, que brilhou na Copa-2010, e que foi negociado com os Red Devils. O Chivas mostrou sua força e ganhou por 3x2.
O Chivas tem um bom time, com destaque para Omar Arellano, Alberto Medina, o goleiro Luis Michel, Adolfo Bautista e Omar Bravo, já vendido para o Kansas City. Mas, normalmente, é caseiro. Tanto que fez 3 a 0 contra Libertad e Velez e, na volta, perdeu as duas partidas por 2 a 0. Na ida contra a Universidad de Chile, ficou no empate por 1 a 1 e se complicou. Mas ainda tem alguma chance, pois lembramos que La U é insegura em casa – tanto que perdeu para o Flamengo, sua única derrota na Libertadores, em Santa Laura.
Enfim, abortem essa ladaínha de favoritismo absoluto. Qualquer que seja o adversário dos brasileiros na decisão da Taça Libertadores, será um osso duro de roer. Briga de cachorro grande. E o risco da mordida não é pequeno.
Saudações,
Michel Macedo
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