Fala Galera
Não se muda a regra ou critérios durante uma competição. Trata-se de algo tão óbvio quando o poder supremo de um pudim de leite bem feito. A Conmebol, mais política do que nunca (se é que isso pode ser possível) resolveu mudar esse detalhe. E, no meio do Brasileirão-2010, anunciou que só os três primeiros colocados da principal competição do país do futebol participariam da próxima Libertadores, diferentemente dos quatro que há anos estamos acostumados a eleger através da bola, e não da canetada nos gabinetes.
Coisa feia. A CBF foi atrás. E hoje reverteu o absurdo. As quatro vagas dos mais bem classificados do Brasileirão estão de volta. Não é um presente, nem reconhecimento, nem mimo da Conmebol com a CBF ou com o futebol brasileiro. É justiça. É respeitar acordos, critérios, clubes, jogadores, torcedores e, aí quem escreve não é o jornalista, mas o amante do esporte, é valorizar quem tem história, qualidade, lastro e só pode melhorar o nível da Libertadores.
Ainda bem que a Conmebol acordou a tempo. Se quer mudar os critérios, que faça com calma, sem atropelamentos nem politicagem. Seria uma péssima iniciativa, mas respeitaríamos. Só não dá para acordar de manhã, cofiar o bigode e resolver alterar algo pré-estabelecido.
E o Brasileirão-2010 agradece. As chances de Botafogo, Grêmio, Atlético Paranaense, São Paulo, Palmeiras e quem mais resolver atropelar na reta final crescem substancialmente em relação à luta pela quarta vez. Se o campeonato já estava bom, melhorará ainda mais. E essa briga só será fechada, tenham certeza, na última rodada. Ponto para a CBF. Enfim, Conmebol, obrigado pelo bom senso tardio, mas bem-vindo. Comemore, torcedor. O G4 renasceu da cinzas e promete pôr fogo de vez nos gramados tupiniquins.
Ah, sim: só há uma possibilidade de nossa vida virar um grande G3. Basta um dos nossos times (Atlético Mineiro, Palmeiras, Goiás ou Avaí) ganhar a Sul-Americana. Aí, de fato, a quarta vaga partirá desta para uma melhor. Em resumo: sem querer, turbinaram ainda mais a Sul-Americana. Quem não joga, seca!
Saudações,
Michel Macedo
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