Fala Galera
Essa foi retirada do livro 'Raul Plassmann, Histórias de um Goleiro', de Renato Nogueira.
Em um dos trechos tem uma história engraçada e curiosa, como Ventilador, centroavante do Confiança de Sergipe em 1967, cujo codinome já se explica. O jogo era em Aracaju, à tarde, um calor de amolecer senegalês. Com cinco minutos de bola se arrastando, o Raul achou estranho o jeito de a defesa dele jogar. Os zagueiros - Perfumo, um argentino que veio do River Plate, e Morais - estavam quase na lateral esquerda.
"Gritei pro Perfumo cair pela direita, pra marcar o centroavante, esse tal de Ventilador, um negrão muito forte, de quase um metro e noventa:
Perfumo, acá, para a derecha, em cima do nueve!'
Ele: 'no, no, no...'
Como 'no', rapaz? O cara tá jogando sozinho!
'No, no, no...'
Tentei outra saída:
Morais, troca com o Perfumo, pega o nove!
Ele fez um sinal negativo com a mão, lá de longe.
Como não, rapaz?
Bom, escanteio para eles, o Ventilador chegou perto de mim. Meu amigo....Era um fedor, uma asa de virilha, o cara era azedo! Quando ele encostou em mim para atrapalhar a saída do gol, eu quase caí duro! O cara contaminou a pequena área, a grande área, tudo. O Perfumo virou para mim:
'Sentió?'
Eu até compreendi:
Perfumo, tudo bién. El hombre tiene um malo odor, mas usted deve marcá-lo.
'Entonces, vou pedir para salir...'
Saiu Perfumo, entrou Darci Menezes. Que não aguentou e disse que não voltava para o segundo tempo".
Saudações,
Michel Macedo
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