Fala Galera
De todos os 11 países que concorriam para as Copas de 2018 e 2022, cinco já foram sede de Mundiais: Espanha, Inglaterra, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão. Outros organizaram recentemente a Eurocopa, casos de Portugal (2004) e Holanda e Bélgica (em 2000, numa dobradinha que planejavam repetir na Copa). Mas a Fifa foi buscar novos (e ricos) horizontes para sua principal competição: Rússia 2018 e Qatar 2022.
A Copa de 2018 não será a primeira na Europa. Mas, embora o Velho Continente já tenha tido dez edições, em sete países diferentes, ainda assim há um certo ineditismo na vitória da Rússia: 20 anos após a queda do comunismo, o Mundial chegará pela primeira vez a um país do Leste Europeu. Mas no fundo a gente sabe que simbolismos como esse não contam muito na hora da eleição: a Rússia ganhou porque tem muito dinheiro para investir em estádios e infraestrutura. A presença do bilionário Roman Abramovich, dono do Chelsea, na delegação russa presente à eleição desta quinta, em Zurique, é o verdadeiro símbolo do sucesso da candidatura russa.
Pelo menos os russos têm a cultura do futebol em sua história. As poucas glórias ainda remontam à epoca da União Soviética, que ganhou a Eurocopa de 1960, foi vice em 1964, 1972 e 1988, e também conquistou dois ouros olímpicos, nos Jogos de Melbourne-56 e Seul-88. A seleção soviética - famosa pelo uniforme vermelho com a histórica sigla CCCP na frente - também apresentou ao mundo dois grandes goleiros: Lev Yashin, nas décadas de 50 e 60, e Rinat Dasaev, nos anos 80. Hoje, o principal nome do futebol russo é o meia Andrei Arshavin, do Arsenal. Já a seleção está devendo: não se classificou para as últimas duas Copas do Mundo.
O Qatar é outro palco novo para a Fifa. O Mundial de 2022 será o primeiro grande evento esportivo realizado no Oriente Médio. Mas o pequeno país - o menor da história a sediar uma Copa - terá desafios muito grandes nos próximos 12 anos: construir estádios, encontrar soluções para amenizar o forte calor, tentar se adaptar (ou pelo menos aceitar) às diferenças culturais, inclusive em relação ao consumo de bebida alcóolica, e além disso arrumar uma seleção ao menos apresentável para não ser anfitrião com o pior desempenho numa Copa.
Os estádios da Rússia para a Copa de 2018
Os cinco primeiros estádios que o Qatar pretende fazer para a Copa de 2022
Saudações,
Michel Macedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário