Com a vitória por 1 a 0 da Suíça sobre a Espanha, a primeira rodada da Copa do Mundo ficará marcada com a pior média de gols da história dos Mundiais. Em 16 partidas disputadas, apenas 24 gols foram marcados, o que dá uma média de 1,56 tento por jogo. Com apenas uma vitória por mais de dois gols, a da Alemanha sobre a Austrália por 4 a 0, os jogos inaugurais tiveram o pior desempenho em gols desde 1930.
Os jogos inaugurais na África do Sul apresentaram dois empates sem gols (França x Uruguai e Costa do Marfim x Portugal). Além destes outros quatro confrontos se encerraram em 1 a 1 (África do Sul x México, Inglaterra x EUA, Itália x Paraguai e Nova Zelândia x Eslováquia).
Desde o bicampeonato brasileiro, em 1962, as médias nas rodadas inaugurais das Copas do Mundo não chegam à casa dos três gols por jogo. As que chegaram mais próximas da marca foram as de 2002 (2,87) e de 1982 (2,83). Na primeira, a goleada por 8 a 0 imposta pela Alemanha sobre a Arábia Saudita contribuiu para o resultado. Já na edição da Espanha, apesar de dois empates sem gols nas duas primeiras partidas, a vitória da Hungria por 10 a 1 sobre a fraca El Salvador garantiu uma boa marca.
As maiores marcas na artilharia em estreias em Mundiais são registradas em cinco edições. A campeã foi a Copa da Itália, em 1934, com 5,5 gols por jogo. Em 1938 (na França), 1950 (no Brasil), 1954 (na Hungria) e 1958 (na Suécia), a média passou de três por partida.
Confira as médias de gols nas primeiras rodadas das Copas:
1930 = 3,20 gols por jogo
1934 = 5,50 gols por jogo
1938 = 4,25 gols por jogo
1950 = 4,33 gols por jogo
1954 = 4,25 gols por jogo
1958 = 3,62 gols por jogo
1962 = 2,13 gols por jogo
1966 = 2,62 gols por jogo
1970 = 2,50 gols por jogo
1974 = 2,00 gols por jogo
1978 = 2,75 gols por jogo
1982 = 2,83 gols por jogo
1986 = 2,00 gols por jogo
1990 = 2,25 gols por jogo
1994 = 2,58 gols por jogo
1998 = 2,31 gols por jogo
2002 = 2,87 gols por jogo
2006 = 2,43 gols por jogo
2010 = 1,56 gol por jogo
Seria esta a pior Copa do Mundo de todos os tempos?
Saudações,
Michel Macedo
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